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Enem: a batalha final

  • Stéfani Guedes, Isabela Cardoso e Louise Alexandra
  • 8 de mai. de 2015
  • 4 min de leitura

Preocupação comum entre os jovens de hoje - e até de alguns adultos -, o Enem, principal porta de entrada para a faculdade, pode assustar muitos, causar tremores em outros ou até mesmo grandes períodos sem dormir. Entrevistamos um "soldado", um "guerreiro bem sucedido" e um "carrasco" para trazer para você, meu caro leitor, um pouco dessa realidade, e o melhor: vista de três pontos diferentes!

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The CP2 Times: Como é seu dia a dia de estudo?

Paulo: Eu chego da escola e descanso após o almoço. Passo a tarde estudando bastante, revisando matéria tanto do colégio como do concurso. Não fico limitando meu tempo ou o quanto eu vou estudar sobre determinado tópico, às vezes fico dias só revendo um tópico específico.

The CP2 Times: Quais são suas expectativas para o Enem?

Paulo: Uma amiga minha diz :''Não é bom criar expectativas, pois pode acabar não dando certo''.Então uma expectativa que eu tenho é que vai ser difícil, não a matéria, mas ter concentração e estratégia para resolver tudo durante o tempo requerido. Mas eu também tenho a expectativa de passar, de preferência para uma ótima faculdade pública.

The CP2 Times: O que você acha sobre o fato de algumas pessoas não possuírem a mesma qualidade de estudo, mas fazerem uma prova com o mesmo conteúdo que a sua?

Paulo: O Enem é uma tentativa de avaliar as pessoas de uma mesma forma, mas acabamos vendo que tem pessoas sem a mesma qualidade de ensino, então ao se preparar para a prova, isso acaba desequilibrando as chances de passar no concurso.

The CP2 Times: Qual sua opinião sobre o Enem?

Paulo: Acho uma prova válida, mas que pode ser revisada em alguns aspectos, como os professores que corrigem 100 redações por dia, eles podem acabar errando alguma correção. Mas o Enem é uma boa oportunidade.

Paulo Henrique Barreto de Souza de Faria, 17 anos. Aluno do 3º ano do ensino médio do Colégio Pedro II, campus Realengo II.

The CP2 Times: Como foi sua rotina de estudo?

Yago: Minha rotina começava às 5 horas da manhã, quando eu vinha para o colégio. Logo após as aulas, eu tinha que almoçar muito rápido para ir para a Taquara, pois tinha um preparatório para o Enem, que começava às 13 horas e acabava por volta de 19 horas ou ia até as 22 horas.

The CP2 Times: Qual sua opinião sobre o Enem?

Yago: Esse concurso tem muitos textos e as perguntas são feitas em forma de texto, então isso torna a prova muito cansativa pelo fato de ficar lendo e relendo toda hora.

The CP2 Times: O que você acha sobre o fato de algumas pessoas não possuírem a mesma qualidade de estudo mas fazerem uma prova com o mesmo conteúdo que a sua?

Yago: Existem muitos colégios que possuem um ensino até melhor que o do Pedro II, mas obviamente são muito mais caros. O Colégio Pedro II possui toda uma preparação para o Enem, materiais de estudo e até professores que fazem trabalhos para ajudar na preparação para o concurso, ou seja, de certa maneira possui uma vantagem sobre um aluno de escola normal.

The CP2 Times: Na sua opinião, qual o nível de dificuldade do Enem?

Yago: É uma prova difícil, pois requer uma boa interpretação,leitura e compreensão para fazer as questões.

The CP2 Times: Você tem alguma dica para alguém que vai fazer o Enem esse ano?

Yago: É bom fazer provas antigas do concurso e, de preferência, como se fosse um simulado, ou seja, pegar essa prova e fazer durante 4 horas como se fosse realmente o concurso. Obviamente dá uma diferença entre esse estudo em casa e o concurso do Enem, pois tem toda uma pressão na hora da prova, afinal ali vai estar valendo de fato. E outra coisa que se pode fazer é revisar bastante, tanto a matéria do ensino médio como do fundamental e, sobre tudo aquilo que tiver dúvida deve-se consultar os professores.

Yago Antunes, 18 anos. Ex-aluno do Colégio Pedro II. Passou para o curso de Letras em uma faculdade pública.

The CP2 Times: Tem alguma dica para a redação do Enem?

Luiz Guilherme: A ideia é que a redação seja um resultado de um processo de aprendizado da produção de texto, que demonstre uma consistência na argumentação, e isso é algo impossível de se ensinar com uma dica, por isso eu não gosto de dá-las. Geralmente as dicas são macetes para quem não chegou ao final do ensino médio com um texto maduro.

The CP2 Times: Existem alguns erros mais frequentes na redação?

Luiz Guilherme: Erros de português, também, é algo que temos que pensar de maneira ampla, pois a avaliação da gramática do texto equivale a 20% da pontuação na prova do Enem, ou seja, é uma pontuação reduzida para o que costumamos chamar de erro de português. O mais importante para se fazer uma boa prova de redação do Enem é que saibamos organizar um texto com ideias claras e bem fundamentadas, estabelecendo a relação clara entre as frases e os parágrafos. Então, por tudo isso, os erros mais frequentes são com a forma certa de organizar o texto.

The CP2 Times: Como é sua rotina corrigindo as redaçõés do Enem?

Luiz Guilherme: Cada professor corrige, no mínimo, 100 redações por dia, enquanto ainda estamos em período escolar, ou seja, dando aula. Por isso corrigimos a redação à noite, pois passamos o dia dando aula em determinada escola. Eu acho que essa rotina não é adequada, pois voltamos do trabalho cansados, e também alguns professores têm filhos, e tomam conta dos filhos enquanto corrigem a redação do Enem. Essa rotina realmente é pesada. Além de tudo isso, temos somente 3 minutos para corrigir cada redação, em média. Às vezes demora mais, às vezes menos, mas se não corrigirmos em 3 minutos não iremos conseguir corrigir as 100 redações por dia.

Luiz Guilherme Barbosa, 28 anos, professor de Língua Portuguesa do Colégio Pedro II.

 
 
 

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