"Agora os garotos podem usar saia?!"
Isenção de gênero quanto aos uniformes no Colégio Pedro II
O assunto vem sendo discutido, internamente, desde 2014 quando um aluno do Campus São Cristóvão foi proibido de portar o uniforme feminino no espaço escolar. Desde então, é crescente o apoio dos alunos pela causa que, nesta semana, obteve o fim da distinção de gênero nas vestimentas.
Com a repercussão de casos como o citado acima, o tema foi recebido positivamente pela maior parte dos alunos, o que influenciou a recente decisão divulgada na seguinte portaria. (Clique aqui para ler a portaria).
Embora a maior parte dos alunos tenham se posicionado de forma favorável, a mudança foi fonte de polêmica na comunidade externa, que alegou que o fim da distinção de gênero do uniforme, além de ser quebra de tradição, estaria influenciando a ideologia de gênero dos estudantes. Na semana passada, paredes da fachada da unidade São Cristóvão foram pichadas, como forma de protesto contra as novas normas da escola.
Os pais e responsáveis que se opõem a tal mudança, e apoiam a outras ideias como o movimento "Escola sem Partido", realizaram um ato no dia 01 de outubro de 2016 (sábado) no bairro de Copacabana, RJ.
A resposta do colégio aos crÃticos foi que a nova norma para os uniformes é uma forma de inclusão e respeito aos alunos transgêneros e aqueles que se sintam mais confortáveis com determinado uniforme. Ressaltando que nenhum aluno será sujeitado a vestir o traje com o qual não se identifique. "O colégio Pedro II é um colégio de tradição, porém que se moderniza e se opõe a qualquer reação preconceituosa e mal informada." - disse uma aluna do Colégio Pedro II que apoia este movimento.
